A leishmaniose é transmitida através da picada de um mosquito.
Geralmente a doença acomete cães sadios enquanto que nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade diminuída (crianças, idosos, doentes).
O tratamento canino, em geral, não obtém a cura, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais afetados. Este procedimento exige dos proprietários dos cães um compromisso de cuidados especiais com os animais infectados e também com ambiente onde vivem.
O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de 2 meses a 6 anos. Os sinais mais comuns da doença são problemas de pele e pelo (dermatite seborréica, falta de pelo ao redor dos olhos, feridas na ponta das orelhas e na ponta do focinho), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos, podendo haver aumento do abdome por causa do aumento de órgãos (baço e fígado), problemas renais. No entanto mais da metade dos cães portadores não apresentam sinais.
PREVENÇÃO:
Pouco está sendo feito para a prevenção da doença já que ela é transmitida por um mosquito. No entanto, gostaria de divulgar que recentemente o fabricante de um produto anti-pulgas e carrapatos enviou a alguns veterinários um trabalho onde sugere ter ação repelente contra o mosquito. Ele deve ser usado exclusivamente em cães, é venenoso para gatos. Outro produto que deve chegar em breve ao mercado é um coleira cujo fabricante garante ter ação anti-pulgas e carrapatos e ainda ação repelente a mosquitos. É política do site nunca divulgar nomes de medicamentos muito menos dose e modos de utilizar pois somos contra a medicação de animais sem acompanhamento do médico veterinário.
Além disso, há alguns cuidados a serem tomados. Se você mora numa área endêmica, pode procurar um médico veterinário em sua cidade e saber se há áreas de perigo, notoriamente estão na área de risco animais de Monte Gordo, Jauá, Guarajuba etc.
Você deve fazer uso de repelentes nos cães, telar o canil e manter os cães no canil protegido de mosquitos no período entre uma hora antes do sol se por até o nascer do sol no dia seguinte que é quando o mosquito está mais ativo e a colocação mensal de um inseticida no ambiente (esta deve ser feita sob rigorosa orientação de um profissional para evitar riscos de envenenamento). Se você não mora numa área perigosa o melhor mesmo é não levar seu cão para áreas assim. Caso não tenha alternativa, utilize os meios citados anteriormente.
A parte mais polêmica é o tratamento ou extermínio de animais positivos. É recomendação dos órgãos da saúde pública que se extermine os positivos. No entanto, pesquisas têm sido feitas e protocolos de tratamento têm sido utilizados com bons resultados. E apesar de procurar ser mais imparcial possível, acreditamos que além de um profissional de saúde pública o veterinário deve ser um profissional que ame, respeite e queira preservar a vida de seus pacientes. O sacrifício sumário de um animal de estimação traz grande dor. Muitos veterinários resistem inclusive a esclarecer ao proprietário a possibilidade de tratamento. Não acredito que esta seja uma decisão só do veterinário. Se ele não se propõe a tratar a Leishmania seja por inexperiência, por causa da recomendação dos órgãos de saúde ou por crença própria, podia passar o caso para um colega que tenha experiência no tratamento. No entanto, é necessário saber e ter claro em mente que o tratamento não cura o cão, somente aumenta o tempo de vida do animal assim como ameniza os sinais da doença fazendo com que ele tenha uma qualidade de vida melhor. Mesmo aliando o tratamento aos cuidados para repelir mosquitos, há a possibilidade de transmissão. O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador. Além disso, é um tratamento caro e prolongado e exige do responsável pelo animal um compromisso muito grande. Existe uma série de protocolos que podem ser seguidos mas como regra geral além das drogas utilizadas no tratamento propriamente dito que são de alto custo, o animal deve ser clinicamente avaliado a cada dois meses, ou seja 6 consultas por ano e controle através de exames laboratoriais de três em três meses, ou seja 4 baterias de exame por ano. O tratamento por si só já representa um risco para o animal pois as drogas utilizadas são fortes e podem até ser tóxicas para alguns órgãos. Por todos estes fatos e pela polêmica causada entre a própria classe veterinária poucos são os cães elegíveis para tratamento. Primeiro deve se avaliar o estado geral do animal para ver se ele tem condições de suportar o tratamento, depois o perfil do responsável que deve-se mostrar colaborador e atender a todos os passos do tratamento, inclusive assinando um termo de responsabilidade, por último, geralmente só são tratados animais mais jovens com menos de 10 anos. Tudo isso, impõe-se uma barreira tão grande que poucos são os profissionais que trabalham com o tratamento, até o momento.
Para alguns profissionais, o extermínio de cães positivos tem sido mostrado como única forma de combate. Entretanto, que mesmo que se exterminasse todos os cães do país o problema não acabaria. Existem referências de que roedores podem, assim como o cão, servir de hospedeiro.
Porque não é o cão que transmite a doença para outros cães e para o homem. É O MOSQUITO! Sem o mosquito não haveria o ciclo.
O mosquito pica um cão sadio que se contamina. No organismo do cão a Leishmania se desenvolve. Então um mosquito pica este cão e se picar outro cão ou uma pessoa pode contaminá-la. No entanto, o contato cão-cão ou cão-homem não dissemina a doença.
Funciona desta forma: mosquito
Dessa forma parece bastante lógico que o combate ao mosquito é, ou poderia ser, muito mais eficaz. No entanto, a questão do combate ao mosquito é muito mais complexa que simplesmente extermínio de cães.
Além disso, falta informação consistente a população. Após as primeiras reportagens serem veiculadas houve o inicio de uma histeria coletiva comparável à histeria causada pelo assunto Pit Bull. Pessoas chegavam perguntando sobre "a doença de cães que mata gente", pessoas levavam seus cães para sacrifício porque estavam com comportamento estranho e elas achavam que era a doença que matava que eles viram na TV.
Em tempo: há um risco de transmissão da Leishmania em campanhas de vacinação se a agulha não for trocada a cada aplicação. Por isso, recomendo aqueles que levam seus cães para tomar a anti-rábica em vacinação comecem a levar suas seringas ou prestem atenção se a agulha foi trocada. E lembro que além da vacina anti-rábica existe uma outra chamada óctupla que só é dada em clínicas.
Para aqueles que acham que o combate ao mosquito é a solução, existe a campanha da APASFA e da Animais S.O.S: participe!
Leishmaniose - Acabem com os mosquitos
e não com os cães!
Fonte: http://www.nossoscaesegatos.hpg.ig.com.br/leishmaniose.htm
e não com os cães!
Fonte: http://www.nossoscaesegatos.hpg.ig.com.br/leishmaniose.htm
Excelente artigo,o que se deve combater é realmente o mosquito e como você disse, é complexa também. Segundo veterinários que são experientes na questão do tratamento, o cão tratado é um portador, que é muito diferente de um animal transmissor. Tratamento não é caro, depende do protocolo a ser usado,tem que se fazer exames para acompanhar o estado do animal, é como se o animal tivesse um problema de saúde em que temos que acompanhar para sempre. Com o tratamento, a quantidade de leishmanias na pele diminui, o animal tem que fazer uso da coleira repelente ou algum outro repelente, evitando o contato como o "mosquito", acabando assim com o ciclo.É importante também dizer, que existem outros reservatórios como por exemplo o homem, os animais silvestres, os cavalos,gatos,ratos e por isso que o combate ao mosquito seria mais eficiente e isto também não é fácil como já foi dito antes.Educação, informação e prevenção é o melhor caminho e tratamento é compromisso e responsabilidade, pois a leishmaniose é doença muito séria.
ResponderExcluirabs
Vivi Vieri